sexta-feira, 29 de março de 2013


Costumes da Bíblia - A origem da Páscoa


Festa original simboliza a passagem bíblica em que o anjo da morte poupou os primogênitos judeus no Egito, mas ganhou novo significado para os cristãos


“Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor
dos primogênitos lhes não tocasse.”
Hebreus 11:28

Para os cristãos, a Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus, comemorada no fim do primeiro quadrimestre de cada ano. Na mesma época, os judeus comemoram a sua Páscoa, o Pessach – ou Passover, para as culturas anglófonas. É comum muita gente pensar que a festa celebra a passagem dos hebreus pelo deserto rumo à Terra prometida, como narrado em Êxodo. Porém, o verdadeiro significado da data é lembrar a passagem bíblica em que, em uma das pragas infligidas contra o Egito, Deus envia um anjo que mataria todos os primogênitos do Egito, mas pouparia os das famílias judias que marcassem as portas de suas casas com sangue de um cordeiro sacrificado. A ordem divina previa que o fato fosse comemorado após aquele ano, para sempre:

“E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.

E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.

E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.”
Êxodo 12:12-14


A confusão é compreensível, pois logo após vêm os 7 dias da Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot, no hebraico) – essa sim, para comemorar a saída do Egito para a liberdade. Por serem muito próximas, as datas passaram a ser comemoradas quase como uma só, compondo o Pessach e seus preparativos.

“Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.

E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.

Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.”
Êxodo 12:15-17

Conforme exposto em Êxodo, antes da décima praga egípcia – a morte dos primogênitos –, Moisés foi instruído por Deus a mandar cada família hebreia sacrificar um cordeiro, usando seu sangue para marcar os umbrais das portas de suas casas. Nos lares marcados, o anjo executor passaria sobre ele, sem entrar para matar os primogênitos dos humanos e dos animais da propriedade, daí a ideia de “passagem” no nome da festa – a mesma do inglês Passover: “passar sobre”, dando a mensagem de “passar direto”.
Chegada a noite anunciada, a família cearia, comendo a carne do cordeiro com pães ázimos e ervas amargas. O costume se manteve por muitas eras, adaptados hoje à vida moderna das famílias dos judeus.

“Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.

E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.

Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.
Êxodo 12:9-11

O fermento tem uma conotação de pecado, mas a ausência dele no pão também tem um significado prático: a pressa. A fermentação da massa leva certo tempo (às vezes de um dia para o outro), e Deus já estava preparando seu povo para a vida itinerante no deserto, em que tempo para os afazeres diários seria algo raro, bem contado. Uma massa sem fermento não precisaria do tempo da levedação, e poderia ser rapidamente assada.
Preparativos
Para a Páscoa judaica, os preparativos são muitos desde os tempos neotestamentários, quando a festa, junto com a dos Pães Ázimos, tornou-se uma grande celebração da primavera do Hemisfério Norte, comemorando também as colheitas. As estradas e entradas das cidades eram consertadas, pois era comum que as famílias se reunissem e muita gente viajasse. As casas também recebiam os mesmos cuidados, pois receberiam muitos hóspedes. Os utensílios de cozinha eram minuciosamente limpos, ou mesmo comprados novos. Hoje, há famílias que têm louças e pratarias especiais para a data.
As pessoas vestiam suas melhores roupas e se preparavam como se fossem sair para uma viagem – mais uma alusão ao êxodo que aconteceria pouco depois no acontecimento original.
O fermento era excluído da dieta nos dias da festa, e não devia haver nem um pouco dele em qualquer parte da casa, após rigorosa inspeção do chefe de família. Carneiros ou cabritos eram comprados e levados ao templo (como também era feito antes, no Tabernáculo) para sacrifício, geralmente um animal para cada 10 ou 12 pessoas.  A gordura era queimada, o sangue oferecido no altar e as carcaças limpas eram penduradas, esperando que as famílias que as levaram fossem buscá-las, levá-las para casa e assá-las em espeto feito com madeira de romãzeira, para compor a ceia pascal – o Sêder. Até hoje, faz parte do cardápio o charoseth, uma espécie de chutney, de sabor picante e bem ativo, comido com a carne (sempre e somente assada) do carneiro e os pães. Ovos cozidos também fazem parte do cardápio, o que explica a presença de seus similares em chocolate na cultura atual.

No Sêder, cada alimento segue um simbolismo. Prepara-se a mesa da seguinte forma:
- No centro de uma bandeja são colocados três pães ázimos (ou asmos), que representam os três grupos de judeus: Cohanim, Leviim e Israel.
- O Zeroá, um pedaço de osso do cordeiro ou cabrito, que se coloca na parte superior, à direita da bandeja, e simboliza o poder com que Deus tirou os hebreus do Egito, além do próprio cordeiro pascal sacrificado no Templo.
- O Betsá, um ovo cozido, na parte superior à esquerda da bandeja, uma lembrança do
sacrifício que se oferecia em cada festividade (e outro simbolismo: quanto mais se cozinha um ovo, mais duro se torna, uma alusão ao povo judeu: quanto mais é
oprimido ou afligido, como ocorreu no cativeiro, mais forte se torna).
- O Marór, uma erva amarga, também no centro da bandeja, que simboliza o sofrimento dos escravos judeus. Pode ser usada qualquer verdura bem amarga.
- O já citado Charoseth, uma mistura de nozes, amêndoas, tâmaras, canela e vinho, colocada na parte inferior à direita da bandeja. Representa a massa de argila com a qual os judeus escravos trabalhavam na construção das obras dos egípcios.
- O Karpás, um aipo (ou salsão) posto embaixo, à esquerda. Molhado em vinagre ou salmoura, lembra o hissopo (Ezov) com o qual os israelitas aspergiram um pouco de sangue nos batentes de suas casas, antes da praga dos primogênitos.
- O Chazéret, uma porção de escarola, colocada sob o Marór.
- Também coloca-se na mesa um recipiente com água salgada em que se mergulham as verduras, lembrando o mar, e uma taça para cada um dos presentes.
Cada alimento do sêder é consumido seguindo-se uma ordem pré-estabelecida, com suas respectivas orações, agradecendo a Deus pela libertação de seu povo.
Conexão com a própria história
O chefe da família respondia a perguntas feitas pelo membro mais novo da mesma a já ter entendimento, capaz de falar. O pequeno indagava, após ensaio, sobre as principais passagens da saída do cativeiro egípcio, em uma espécie de entrevista, e o “entrevistado” contava toda a história, com a atenção de todos os presentes. Graças eram dadas a Deus com taças (sempre novas) de vinho, e o pão ázimo era a única coisa comida na semana seguinte (a Festa dos Pães Ázimos) – o costume mudou para algumas correntes judaicas, e alguns evitam somente o fermento, não restringindo tanto a dieta.
Hoje, os judeus que não têm tempo para fazer os pães ázimos costumam comprá-los prontos, geralmente de padarias, mercearias e supermercados devidamente certificados pelos rabinos. Em Israel e em comunidades judaicas ao redor do planeta, judeus pobres recebem as cestas de Pessach, para que não fiquem sem realizar a ceia. Também é comum que os primogênitos jejuem na véspera do Sêder, lembrando os filhos poupados na praga egípcia. Os alimentos fermentados podem ser guardados, ao invés de jogados fora, como se, simbolicamente, tivessem sido vendidos a não judeus – e após as festas, podem ser consumidos normalmente.
O principal intuito da festa, além da adoração a Deus, é religar o povo judeu todos os anos à sua própria história, sua liberdade. No âmbito cristão, a liberdade também dá o tom: Jesus, ressuscitado, libertou aqueles que estavam em poder do pecado, desligados de Deus.

Região Norte registra abalos sísmicos



Com ocorrências sistemáticas, a região possui sensores em Sobral, Santana do Acaraú, Canindé, Santa Quitéria e na divisa do Ceará com o Piauí FOTO: WILSON GOMES
Sobral. Os abalos sísmicos continuam acontecendo na Região Norte. Em dez dias, a Defesa Civil de Sobral registrou cinco abalos entre 1.7 e 2.9 graus na Escala Richter.

O último, de intensidade 2.6, foi sentido pelos moradores de Sobral na quarta-feira por volta do meio dia. Após análise dos pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o tremor foi caracterizado como de média proporção.

De 2008 até o dia 27 de março deste ano, a Defesa Civil registrou mais de 3800 abalos na falha Riacho Fundo, que vem proporcionando abalos sísmicos na Zona Norte cearense. O tremor de maior intensificação aconteceu em maio de 2008, quando atingiu 4.2 graus.

De acordo com o chefe da Defesa Civil de Sobral, subtenente do Corpo de Bombeiros, Marcos Costa, os tremores sentidos pela população não causaram danos materiais, e o epicentro dos abalos de quarta-feira foi na Serra da Meruoca. Ele explicou que ainda não existe um prognóstico para prever a ocorrência dos tremores. "Eles podem ser seguidos, ou isolados, não tem como saber quando vai tremer", disse. Em 2008, o ano de pico dos tremores, foram registrados entre 50 e 60 abalos sísmicos diários de pequena magnitude.

Fatores

De acordo com o subtenente, diversos fatores influenciam na força do abalo. "A localização do epicentro, a profundidade do foco, a geologia da área afetada e a quantidade de construções no entorno são determinantes na intensidade de um tremor ou terremoto". Hoje, a região possui sensores em Sobral, Santana do Acaraú, Canindé, Santa Quitéria e na divisa do Ceará com o Piauí.

Os epicentros dos tremores se espalham pela região, sendo os principais em Granja, Irauçuba, Santana do Acaraú, Morrinhos e Serra do Jordão. Em Sobral, são sentidos principalmente os que ocorrem na serra. Segundo Marcos, isso ocorre porque as Serras do Jordão e Meruoca possuem mais placas rochosas, o que facilita a propagação da onda.

"Isso também explica porque dentro da cidade alguns locais sentem mais e outros menos. Bairros construídos em áreas mais arenosas, com mais areia, sentem menos do que quem mora em um bairro com o solo mais rochoso", salientou.

No caso de um tremor de maior magnitude, o subtenente alerta que a população deve procurar um lugar aberto ou pelo menos proteger a cabeça. Ele diz que, se estiver em casa, não corra para a rua, pois as saídas e as escadas poderão estar obstruídas. Nunca utilizar os elevadores e ter cuidado com a queda de objetos ou móveis. "O ideal é colocar-se no vão de uma porta ou embaixo de uma mesa ou mesmo cama. Mantenha-se afastado das janelas, espelhos e mantenha a calma", informou.

Já em áreas abertas, a pessoa deve evitar se aproximar de edifícios, linhas de transmissão, marquises, árvores, muros e monumentos. "Se for acampar, deve ser no local mais aberto possível, onde nada possa vir a cair e machucar". De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tremores de terra são normais na história do Brasil e acontecem em todas as regiões do País.

O Nordeste é uma das áreas mais ativas, principalmente os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. O maior abalo da região aconteceu em 20 de novembro de 1980, no Ceará, no Município de Chorozinho e atingiu 5.2 graus na Escala Richter. A atividade sísmica na região de Sobral é a segunda em importância no Nordeste.

Mais informações:
Defesa Civil de Sobral

Seção de Bombeiro

Cidade de Sobral

Rua Geraldo Rangel, 500 - Betânia 

Telefone: (88) 3677-4663

Jéssyca Rodrigues
Colaboradora 

Internacional Milhares de norte-coreanos vão às ruas em ato de apoio a ameaças contra os EUA


Milhares de norte-coreanos participaram nesta sexta-feira (29) de um ato de apoio à decisão tomada à meia-noite pelo ditador Kim Jong-un de apontar mísseis do país contra os Estados Unidos. Conforme a agência oficial de notícias, o ditador considerou que "está na hora de acertar as contas com os imperialistas Estados Unidos".
Norte-coreanos apoiam ditador. FOTO: Agência Reuters
Essa medida, mais um degrau na escalada de tensão que vive a península, foi uma reação a um exercício de sobrevoo e bombardeio feito por duas aeronaves americanas com capacidade para transportar ogivas nucleares, na Coreia do Sul, na última quinta-feira (28).
O evento durou cerca de 90 minutos e aconteceu na praça principal da capital norte-coreana, Pyongyang, e contou com gritos de "morte aos EUA imperialistas" e "varrer os agressivos EUA".
Ataque contra os EUA é improvável, dizem especialistas
O país comunista diz que preparará os mísseis para atacar a parte continental dos Estados Unidos e as bases militares no Pacífico -em Guam e no Havaí-, além da Coreia do Sul.
Especialistas consideram que um ataque aos EUA é improvável, mas temem que o clima leve a um confronto localizado. O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse na quinat-feira (28) que os EUA estavam preparados para enfrentar qualquer ameaça. "Devemos deixar claro que essas provocações da Coreia do Norte são levadas muito a sério por nós e responderemos a isso", disse.
Sanções reacendem tensões entre Coreias
Em comunicado, as Forças Armadas americanas disseram que o exercício realizado na quinta "demonstra a capacidade dos EUA de realizar ataques a grandes distâncias, rápidos e quando quiser".
Os problemas entre as Coreias foi reaceso pela aprovação de duas sanções da Organização das Nações Unidas  (ONU) a Pyongyang por causa do lançamento de um foguete, em dezembro, e a realização de um teste nuclear, em fevereiro.
Além da preparação das tropas para o combate, os norte-coreanos cortaram as linhas telefônicas de contato com a Coreia do Sul e romperam o armistício com Seul, vigente desde o fim dos combates da Guerra da Coreia (1950-1953).

quarta-feira, 27 de março de 2013

Honestidade: criança devolve dinheiro que achou em livro “Apesar do senso comum dizer que é preciso levar vantagem em tudo, a honestidade ainda vale a pena”.


“Apesar do senso comum dizer que é preciso levar vantagem em tudo, a honestidade ainda vale a pena”. Com esse desabafo, o professor de História da escola municipal Vereador José Barros de Alencar(localizada no Bairro Santa Filomena), Fernando Duarte, contou a história de uma criança que mostrou a essência da palavra honestidade em ações. Emoções à parte, o professor informou que durante a aula de História do 6º ano Manhã, nessa terça-feira (26), a aluna Ana Karine de Lima Marques, de apenas 10 anos, pegou um livro da sala de leitura, quando surpreendeu-se com a quantia de R$ 300 ao folheá-lo.

Ana Karine, 10 anos, é o exemplo de honestidade de Santa Filomena. Foto: Fernando Duarte
Ana Karine, 10 anos, é o exemplo de honestidade de Santa Filomena. Foto: Fernando Duarte
Ao ver o dinheiro, a menina logo anunciou ao professor sobre o que tinha achado. Segundo Duarte, um colega de classe perguntou o porquê de ela ter falado e não ter colocado dentro do bolso. A resposta de Ana Karine foi dura: “Eu não quero ficar com nada de ninguém”. A criança, então, foi levada de sala em sala, sendo apontada como um exemplo de honestidade a ser seguido pelos demais. “Para uma comunidade conhecida pelos crimes, tráfico de drogas etc, o ato foi admirável”, disse o professor. Ele também ressaltou que a menina pertence a uma família bem humilde. 
Histórias cruzadas 
Agora, faltava uma resposta: como o dinheiro foi parar dentro de um livro? Duarte ainda contou que toda a história foi solucionada momentos depois. Alguns dias antes do fato citado, uma mãe foi à escola desesperada em busca de um dinheiro que havia perdido. De acordo com a tal mãe, o dinheiro foi dado à filha, mas ela acabou perdendo. Após o ocorrido com Ana Karine, que nem sabia da perda do dinheiro, a direção da escola checou as histórias e percebeu que o dinheiro achado era justamente o perdido pela mãe, que seria destinado a compras domésticas. De acordo com o professor, a mãe chorou bastante ao receber o dinheiro que Ana Karine encontrou. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Saúde


Dificuldades alimentares na infância podem levar a problemas psicológicos

Ser forçado a comer de maneira coerciva pelos pais pode afetar o desenvolvimento psicológico e facilitar casos de depressão e até delinquência

Usar força ou coerção para obrigar a criança a comer pode causar problemas psicológicos no futuro

Usar força ou coerção para obrigar a criança a comer pode causar problemas psicológicos no futuro (Thinkstock)




Mais da metade das mães brasileiras acredita que o filho não come bem. Em um levantamento feito com 947 mães brasileiras de crianças entre 3 e 10 anos, descobriu-se que 51% delas diziam ter filhos com dificuldades alimentares. Essa dificuldade da criança para se alimentar pode estar relacionada a alguma condição médica ou a problemas comportamentais. Em ambos os casos, há riscos de déficit nutricional que, em casos severos, podem prejudicar o desenvolvimento na infância. Quando o problema é comportamental, no entanto, os riscos podem ser ainda mais amplos. Pesquisas internacionais demonstram que crianças que são forçadas a comer, que são extremamente seletivas ou que desenvolvem um sentimento de medo em relação à alimentação, têm mais chances de apresentar problemas psicológicos, como depressão e delinquência, quando chegam à adolescência.
A situação é agravada por um problema estrutural na medicina: nenhum pediatra sai da faculdade com o treinamento necessário para reconhecer essas dificuldades, muito menos para orientar os pais. Das mães ouvidas no levantamento brasileiro, 70% procuraram um pediatra para resolver o problema, mas apenas 11% disseram ter obtido uma orientação satisfatória. "O pediatra não recebeu, dentro da faculdade e da residência, um treinamento adequado para diagnosticar e tratar esse tipo de problema", diz Mauro Fisberg,  pediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um dos responsáveis pelo levantamento. Os números brasileiros não são uma exclusividade. Segundo os especialistas, os resultados encontrados aqui refletem uma tendência mundial.
Por isso é importante saber o que fazer com filhos que relutam em comer. As dificuldades alimentares da infância costumam ter início na fase em que a criança tem contato com alimentos pastosos — por volta dos seis meses, quando as papinhas são introduzidas na dieta. Entre dois e três anos, a criança enfrenta também uma oscilação natural de apetite. A reação dos pais a esse comportamento de rejeição ao alimento pode ser fundamental na maneira como ela passará a enxergar o ato de se alimentar. "Não adianta colocar uma pressão enorme nas costas da mãe dizendo que a criança precisa comer mais. Isso pode ter resultados piores do que uma deficiência nutricional", diz Benny Kerzner, gastroenterologista pediátrico do Children’s National Medical Center, em Washington, nos Estados Unidos. Responsável pela implementação da Divisão de Gastroenterologia e Nutrição do Centro, Kerzner viaja pelo mundo dando treinamento em nutrição infantil, e falou ao site de VEJA durante sua passagem pelo Brasil.
De acordo com Kerzner, nos casos mais conhecidos (e dominados) pela medicina, o problema alimentar da criança pode ter raízes orgânicas, como a disfagia (problemas de deglutição) ou mesmo uma deficiência cardíaca. Quando causas fisiológicas são descartadas, é preciso investigar a sério as questões comportamentais. "Quando a mãe diz que há um problema, o pediatra tem que encarar que há, de fato, um problema", diz Kerzner.

Dificuldades cognitivas — Crianças com dificuldades alimentares são divididas, normalmente, em quatro grupos: apetite reduzido, alta seletividade, interferência na alimentação pelo choro e sensação de medo durante a alimentação. "Em alguns casos, no entanto, a dificuldade alimentar nada mais é do que uma percepção errônea dos pais", diz Mauro Fisberg. Como o caso, por exemplo, de crianças de compleição pequena que comem pouco: com frequência elas comem pouco justamente por serem pequenas, não o contrário.
Há também o outro lado. Na classificação desenvolvida por Kerzner, e seguida por muitos pediatras atentos ao problema, há quatro perfis de pais. O primeiro, chamado responsável, é aquele que consegue entender corretamente a mensagem da criança e responder de acordo. Na sequência, vêm o indulgente, o negligente e o coercivo. Cada um desses três últimos perfis pode levar a diferentes problemas de nutrição. "Quando se é coercivo, por exemplo, reforça-se o medo, e a criança pode parar de comer de uma vez", diz. Para o médico, para que os pais consigam ser bem orientados, é preciso que os pediatras tenham formação adequada para conseguir identificar as dificuldades da criança, o perfil dos pais e, assim, decidir a melhor abordagem terapêutica.
As dificuldades alimentares da criança podem estar associadas a problemas no desenvolvimento infantil, como alterações no crescimento, dificuldades cognitivas e alterações imunológicas. Além dos problemas orgânicos, há ainda o risco de que a criança se torne um adulto com maior propensão a desenvolver problemas psicológicos, como a depressão. Em um estudo publicado no Pediatrics, periódico da Academia Americana de Pediatria, a psiquiatra infantil Irene Chatoor descobriu que crianças com uma condição chamada de anorexia infantil — termo usado para crianças extremamente elétricas, magras, que "não têm tempo para comer" — tinham taxas menores de desenvolvimento mental. Os resultados do estudo demonstraram que crianças do grupo controle, consideradas saudáveis quanto à alimentação, tinham o maior Índice de Desenvolvimento Mental: 110. Já aquelas com anorexia infantil tinham índice 99, e as altamente seletivas tinham 96. Em outra pesquisa, as crianças altamente seletivas foram também mais propensas a desenvolver depressão e até casos de delinquência na juventude — quando comparadas ao grupo controle. "Esse comportamento não está associado ao que é ingerido ou não pela criança, mas à maneira como a alimentação foi feita, se ela foi coerciva ou não", diz Kerzner.
Não se sabe se crianças que são forçadas a comer podem vir a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar quando adultas. Segundo os especialistas, a percepção clínica que se tem é que sim, mas não há ainda pesquisas científicas que comprovem isso — os dados prolongados sobre o assunto estão apenas começando a aparecer. "Estamos acompanhando crianças com anorexia infantil e demonstramos que a maioria evolui bem afinal, mas há um pequeno grupo no qual é muito difícil reverter o quadro", diz Benny Kerzner. Com base nos dados ainda preliminares do levantamento, os especialistas acreditam que as crianças que conseguem ter uma vida alimentar saudável são aquelas cujos pais foram capazes de mudar a maneira como a alimentação acontece.

De acordo com o especialista, algumas evidências científicas apontam para diferenças em respostas neurológicas no comportamento das crianças que são alimentadas de maneira coerciva. "Elas são intrinsecamente mais alertas, o organismo delas está muito mais no modo fuga e alerta do que no modo de relaxamento", diz Kerzner. Uma maneira simples de driblar as dificuldades alimentares é os pais darem o exemplo. Em outras palavras, o que os pais comem ou deixam de comer, e sua atitude à mesa, acabam tendo reflexo direto nas escolhas da criança. "Nessa idade, os filhos copiam os pais", diz Fisberg.


Fonte: Veja





Dilma liga royalties para educação à valorização do professor
Ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Dilma entregou ônibus escolares nesta segunda
Ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Dilma entregou ônibus escolares nesta segunda
Em visita a Pernambuco nesta segunda-feira (25), a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a destinação de 100% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. Durante cerimônia de entrega de 50 ônibus do Programa Caminho da Escola a prefeitos pernambucanos, em Serra Talhada, Dilma disse que esses recursos são necessários para a valorização do professor da rede pública.
"Nenhum governador, nenhum prefeito têm dinheiro suficiente para pagar professor no Brasil", disse a presidente. "Por isso mandamos uma medida provisória para o Congresso, determinando que todos os royalties sejam destinados a educação. O dinheiro sai de onde tem dinheiro. Ou seja, os recursos originários da exploração do petróleo", afirmou em discurso.
Até dezembro do ano passado, cinco Estados - Amapá, Amazonas, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - ainda não pagavam o piso nacional do magistério, definido para este ano em R$ 1.567. Eles alegam falta de recursos orçamentários.
Atualmente tramita no Congresso a medida provisória 591/2012, que trata da distribuição dos royalties e cujos vetos presidenciais foram derrubados pelo Congresso em uma votação polêmica. O texto segue em análise por uma comissão especial que deverá dar nova redação antes que a MP seja convertida em lei.
Para Dilma, o desenvolvimento do país está ligado ao investimento em educação e é necessário transformar uma riqueza não-renovável como o petróleo em recursos para as futuras gerações. "Nosso pais só vai para frente se investirmos significativamente na educação. Queremos que  nossos filhos sejam melhores que a gente", disse a presidenta.
Segundo a presidente, os recursos devem ser destinados para a construção de unidades de ensino, valorização dos professores, aumento da qualidade da educação e para a escola em tempo integral. "Não é só construir escola, isso é uma parte, mas é também valorizar aqueles que educam nossos filhos e netos. Nenhum país se transformou sem escola em tempo integral", disse Dilma, reconhecendo que os recursos atualmente destinados à educação não são suficientes.

Fonte:http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/25/dilma-liga-aprovacao-de-royalties-para-educacao-a-valorizacao-do-professor.htm

terça-feira, 19 de março de 2013

Mapa de Uruoca


Uruoca

Município de Uruoca
"Casa dos urus"
Bandeira de Uruoca
Brasão de Uruoca
BandeiraBrasão
Fundação
uruoquense
Francisco Kilsem Pessoa Aquino (PSB)
(2013–2016)
Localização
Localização de Uruoca
Localização de Uruoca no Ceará
Uruoca está localizado em: Brasil
Localização de Uruoca no Brasil
Municípios limítrofes
Norte: Senador SáMartinópole eGranja; Sul: Moraújo e Senador Sá; Leste: Senador Sá; Oeste: Granja eMoraújo.
Distância até a capital
300 km
Características geográficas
696,770 km² [2]
12 894 hab. IBGE/2010[3]
18,51 hab./km²
70 m
Semi-árido
Indicadores
0,587 médio PNUD/2000 [4]
R$ 37 569,073 mil IBGE/2008[5]
R$ 2 759,79 IBGE/2008[5]
Página oficial

Uruoca é um município brasileiro do estado do Ceará. Sua população em 2010 era de 12.894 habitantes.[3]

Toponímia

Uruoca é vocábulo indígena que significa "morada dos urus". Do tupi uruuru ou capoeira, uma espécie de ave; e oca: casa, habitação dos índios.

História


Começa por volta do ano de 1882, com a ereção da capela dedicada à Nossa Senhora do Livramento, e depois com a construção da ferrovia que ligava Camocim a Sobral, em 1892, ferrovia essa desativada em 1977, estando ainda erguida a antiga estação à margem da CE-362, que foi transformada em um centro artesanal. Era antigamente conhecida como Riachão, porque um riacho cortava a pequena vila. Pertencia ao município de Granja, como distrito. No dia 30 de dezembro de 1943, através do Decreto Lei nº 1.114, foi concedido o nome definitivo de URUOCA, mas foram dados nomes como Valdelândia ou Rochalândia, porque a família mais importante na época do povoado era a Rocha. Foi elevado a categoria de município a 26 de março de 1957, segundo a Lei nº 3.560, sendo instalado no dia 14 de abril do mesmo ano.



Geografia


No município de Uruoca, há muitas serras. A sede do município é cercada por serras, e os moradores dizem que Uruoca é um "buraco". Uruoca está na Depressão Sertaneja, que é uma classificação especial par este tipo de relevo, a uma altura média de 70 metros. A área do município é de 696,77 km².



Vegetação


Como na maior parte do Ceará, a vegetação predominante é a Caatinga, do tipo arbustiva densa. Há outros tipos de vegetação menos abundantes que são: Complexo Vegetativo da Zona Litorânea e Floresta Mista Dicótilo-Palmácia.



Solo


Os tipos de solos encontrados são: Solos Litólicos, Planossolos solódico e Podzólico Vermelho-Amarelo.

Clima


Gráfico climático para Uruoca
JFMAMJJASOND
99
32
22
177
31
22
261
30
22
243
30
22
129
30
22
31
31
21
11
31
21
2
32
22
0.6
32
22
2.1
33
22
6
33
22
23
33
22
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
Fonte: [1]
Como é comum no Sertão Nodestino, o clima de Uruoca é semi-árido, com temperatura média de 26 °C a 28 °C e um período de chuvas de janeiro a maio, e de seca de junho a dezembro. A pluviosidade anual média é 956,8 mm.

Recursos hídricos e Hidrografia


Os recursos de Uruoca são: o Rio Coreaú, que passa pelo distrito de Campanário, e o açude Premuoca, que se localiza na sede do município. Este último tem água salobra, e a água consumida em Uruoca vem do rio Coreaú, que é administrada pela CAGECE.



Divisão administrativa e demografia


Uruoca é divida em três distritos: sede, Campanário e Paracuá. Como na maioria dos municípios, a população está mais concentrada na sede; em seguida vem Campanário e Paracuá. A cidade de Uruoca é dividida em seis bairros: Centro, Brasília, Alecrim, Roberto Dourado, Nossa Senhora do Livramento e 26 de Março. Há comunidades expressivas, que juntas com as sedes dos distritos, configuram as oito maiores comunidades em população no município. São elas: Boa Vista, Casinhas, Cantagalo, Pedra Branca dos Caris e Canto das Pedras.



Educação




Uruoca conta com escolas espalhadas pelo seu território, sendo elas de ensinos infantil e fundamental instituições do município. Na sede, temos os centros de ensino infantil Creche Vânia Rocha e a Escola de Ensino Infantil Walter Bezerra de Sá. No ensino fundamental, estão duas escolas: a E. E. F. Murilo Aguiar, a Escola de Tempo Integral Francisco Moreira Rocha (ensino fundamental I) e a E. E. F. Valdemar Rocha (ensino fundamental II). No distrito de Campanário, temos as Escolas de Ensino Fundamental Francisco Marques Vieira, Rodolfo Fernandes Moreira Chaves e Né Conrado, além da Creche Antonia Almeida Batista. No distrito de Paracuá, temos somente a creche Maria Alves Pereira e a única escola de ensino fundamental I e II, a Cel. Domingos Alves Pereira. Há outras espalhadas nas loclidades do município, como a E. E. F. Dona Alcídia Sales, na localidade de Baliza.

No ensino médio temos apenas uma, a E. E. M. Olímpio Sampaio da Silva, sendo uma escola estadual. O contigente de alunos era tão grande vindos dos distritos e localidades do município inteiro, que, em 2007, criaram um anexo dessa escola na Né Conrado, no distrito de Campanário, pois contava somente com 5 salas de aula. Esta última cedeu 3 salas para amenizar a superlotação na sede. Hoje em dia, apenas o distrito de Paracuá e suas loclidades entorno, dependem do ensino médio na sede, com transporte cedido pelo município.


Lazer



Açude Premuoca (3 de maio de 2009). Nos finais de semana, parte da população da cidade vem a este ponto para diversão. Aqui ele está sangrando praticamente ao máximo, o que não acontecia há 6 anos.
O lazer no município vem crescendo recentemente. O principal ponto é o açude Premuoca, tanto que foi criado o balneário Premuoca de um lado do açude, e o balneário José Iso Pessoa do outro. Nos finais de semana, principalmente na época chuvosa, quando o açude está sangrando, parte da população vem para um desses pontos para se divertir e ver este espetáculo.

Esportes

Os esportes no município se destacam principalmente pelos campeonatos realizados pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto. Campeonatos de futebol são os eventos que mais atraem, pois com a reforma recente do estádio Ivanilton Gomes Batista, o "Batistão", conta com gramado. Os campeonatos de futsal também atraem muitas pessoas para o Ginásio Poliesportivo Aniceto Rocha, onde acontecem com a proxmidade do aniversário do município, dia 26 de março. No distrito de Campanário temos o Ginásio Onias Fernandes Chaves. Em Paracuá, estão sendo concluídas as obras do novo ginásio daquele distrito.


Saúde


Em Uruoca, a saúde está regular. Na sede temos Unidade Mista de Saúde, que atende o município inteiro. Para não sobrecarregar a UMS, existem dois posto de saúde: Posto de Saúde Aniceto Rocha e o Posto de Saúde II ou Maria Martins Almada.



Cultura


A cultura em Uruoca é bem diversificada. Na proximidade do aniversário do município, realizam-se vários eventos culturais, dentre eles o Festival da Canção Maestro Bebé, que atraem cantores profissionais e amadores do município e região. No mês de junho, como é costume no Nordeste, acontecem as apresentações de quadrilhas; no mês de julho, especialmente no segundo final de semana, acontece o Festival de Quadrilhas de Uruoca, onde há a apresentação de quadrilhas da Zona Norte do estado. Há também a casa da cultura, para aqueles interessados no que a mesma oferece, como aulas de teatro, de música, dança etc.



Religião


Como na maior parte do Nordeste, a religião predominante é o Catolicismo. Recentemente, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, que engloba o município, exceto Paracuá, que ainda continua figurado na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Martinópole. Os festejos da padroeira, de quem a paróquia recém-formada recebe o nome, acontecem de 5 a 15 de agosto. Há também outras religões em Uruoca, o Protestantismo,como a segunda religião mais praticada no município, e em minoria, o Espiritismo.

Fonte; Wikpédia