quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ministro pede fim da violência no MS

ÍNDIOS X FAZENDEIROS
Disputas fundiárias envolvendo produtores rurais e índios, que se arrastam há anos, se acirraram no último mês

Campo Grande Enviado ao Mato Grosso do Sul pelo governo federal para tentar apaziguar os ânimos de fazendeiros e índios em conflito no Estado, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem que a "violência tem que ser interrompida" na região.

Cardozo afirma que está sendo investigada com todo rigor a morte de um índio em conflito com a Polícia Federal na semana passada FOTO: DIVULGAÇÃO
A ida de Cardozo marcou também a chegada de homens da Força Nacional de Segurança, encaminhada após pedido do governador André Puccinelli (PMDB).

"Nosso objetivo é acabar com a violência, violência tem que ser interrompida Não se resolve esse problema sem diálogo, sem compreensão. Foi por isso que a Força Nacional veio para cá", afirmou Cardozo.

Disputas fundiárias envolvendo produtores rurais e índios, que se arrastam há anos, se acirraram no Estado no último mês após uma série de invasões de terenas a fazendas em processo de demarcação como terras indígenas. No último dia 30, um índio foi morto em conflito com policiais durante ação de reintegração de posse, e outro foi baleado em provável confronto com seguranças de uma propriedade rural.

O ministro da Justiça disse ter se encontrado com lideres terenas, que apresentaram reivindicações sobre áreas específicas e criticaram a chamada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que retira do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas.

Cardozo disse considerar a proposta "inconstitucional", mas defendeu a intenção do Planalto de diluir as funções da Fundação Nacional do Índio (Funai) nos processos de demarcação. A ideia do governo é que avaliações de outros órgãos, como aqueles ligados à agricultura, sejam consideradas.

"Ninguém quer retirar o papel da Funai ou enfraquecê-la. Pelo contrário, estamos estudando um jeito de fortalecer, agilizar o processo de demarcação para evitar judicialização".

Sobre a morte de um índio em conflito com a Polícia Federal na semana passada, o ministro disse que será investigada com "máximo rigor". "Há todo o interesse em esclarecer. Está sendo investigada, por orientação da presidente Dilma", disse. 

Fonte: Diário do Nordeste

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